quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Carta da AmoGaia a favor da biodeiversidade e Vida do Xingu, de Altamira.

Aho a Todos!

Somos parceiros de uma rede chamada AmoGaia – Associação dos Moradores de Gaia - grupo de ambientalistas A FAVOR do ar e da água não contaminadas, das florestas e dos seres que nela habitam, da sustentabilidade dos recursos naturais, da permanência dos moradores que nela vivem há milênios, terras essas que estão prestes a serem violentamente agredidas por um projeto faraônico, para atender a interesses políticos e corporativos, onde o Governo Brasileiro, utilizando recursos públicos será o grande mentor – Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, na Amazônia Brasileira.

Somos todos habitantes deste planeta, cidadãos conscientes e temos o direito e dever de escolher que País queremos legar para nossos descendentes.

Esta mega obra está sendo “vendida” para nosso povo como sendo a solução energética para o Brasil, quando sabemos que o impacto social e ambiental será tão devastador que nem os governos militares, desde 1980, ousaram tirar da gaveta.

Sabemos que através de alternativas muito mais econômicas, podemos conseguir gerar mais do que os megawatts que ela geraria - 4.670 Mw na média - com fator de capacidade de 40%, a mais baixa entre as usinas brasileiras.

Vejamos:

- Programa de redução de perdas do sistema elétrico atual de 15% para 6% (média mundial);

- Atualização e modernização das usinas com mais de 20 anos de funcionamento;

- Construção de PCHs - Pequenas Centrais Hidrelétricas - com menor impacto sócio-ambiental, seguindo a tendência mundial;

- Energia eólica e painéis solares fotovoltáicos;

- Bio energia, através do aproveitamento racional do bagaço de cana e resíduos da indústria de papel e celulose.

Segundo cálculos de vários especialistas independentes, estas medidas implementadas poderão gerar 24.000 milhões de Mw no prazo de 3 anos, a um custo 3 vezes menor do que os R$ 19 bilhões previstos para Belo Monte (analistas internacionais calculam em torno de R$ 25 bilhões).

Enfim, não acreditamos que uma obra que põe em risco ou afeta profundamente a vida de 26 milhões de brasileiros, muitos dos quais os primeiros - os povos indígenas - e destrói biomas importantíssimos, possa ser executada sem um planejamento integrado para explorar racionalmente o potencial energético da Pan Amazônia.

Somos A FAVOR da vida, do direito a facilitá-la e da cooperação entre os seres, de nos vermos como irmãos que somos, elos de uma corrente em prol de um futuro de comunhão e respeito entre as pessoas e o ambiente que os acolhe.

“NÓS NÃO TECEMOS A TEIA DA VIDA, SOMOS APENAS UM FIO DELA” – Cacique Seattle

domingo, 12 de setembro de 2010

XINGU VIVO PARA SEMPRE

"Aho!" foi assim que fui cumprimentada por um índio da aldeia de Arara em visita a um seminário no Mato Grosso do Sul sobre transição para a sustentabilidade, no começo achei estranho, até que depois de uns 15 minutos de conversa e uns 10 ‘aho’ falados eu também já estava falando "aho!" quase que inconscientemente, e ele tentou me convencer que não, que eram as raízes aflorando, e foi me explicar o significado simples, e tão importante que abriu portas de ignorância para mim naquele momento! "Aho" seria como um 'estou com você' 'concordo com suas idéias' (e não tem NADA haver com o corvo do Naruto!!!) E foi assim que conheci o movimento Xingu vivo para sempre! E me encantei com eles, conversamos sobre 20 anos atrás, conversamos sobre o uso do rio Xingu pela população tradicional e conversamos sobre a economia de Altamira-PA; com propriedade de quem procurou saber sobre o assunto que eu venho falando com todos que me conhecem o quanto essa UHE irá atrapalhar a vida daquele ambiente.


Primeiro a natureza, falando ambientalmente, os impactos de uma hidrelétrica são gigantescos, uma barragem em um rio do porte do Xingu gera uma mortalidade intensa para os seres da região, além da quantidade de matéria orgânica que será alagada gerando decomposição e liberação de gás metano para a atmosfera, passando pelo risco de seca para a população que depende do curso hídrico e mexendo com a economia é temido que os agricultores das áreas alagadas não recebam a “devida” indenização além da ‘geração de empregos’ que vem sendo utilizada, esta só será oferecida aos moradores da região na fase da construção da usina, como subempregos, depois disso poucas pessoas todas especializadas serão contratadas, de provavelmente outros estados, voltando a trazer desemprego para a população que além de tudo estará sofrendo com seca, aquecimento global, falta de recursos hídricos e sem terra já que serão desalojados.

Um desses grupos que mais vem lutando e chamando atenção são os povos indígenas, a população tradicional ribeirinha e indígena foi marginalizada no processo que culminou na licença ambiental prévia de Belo Monte assim várias pessoas começaram seus protestos, na cidade mais populosa das quatro que sediarão a hidrelétrica Altamira com cerca de 80mil habitantes, dando voz a esses grupos tradicionais e com o título de ‘XINGU VIVO PARA SEMPRE’ vêm lutando pelas populações indígenas, ribeirinhas, extrativistas, dos agricultores e agricultoras familiares, dos moradores e moradoras da cidade, dos movimentos sociais e das organizações não-governamentais da Bacia do rio Xingu lutando para que não seja construída a UHE de Belo Monte buscando alternativas sustentáveis para o problema da energia como a promoção de fontes renováveis de energia, como energia solar e eólica. Um estudo realizado pela WWF- Brasil, publicado em 2007, mostrou que até 2020 o Brasil poderia reduzir a demanda energética prevista em 40% por meio de investimentos em eficiência energética. A energia economizada, com a modernização do atual modelo, sem novas barragens, seria equivalente a 14 hidrelétricas de Belo Monte e representaria uma economia de cerca de R$33 bilhões para os cofres brasileiros. Queremos desenvolvimento, mas com compromisso social e ambiental!

VIVA XINGU VIVO PARA SEMPRE!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Belo Monte de Merda!

A construção da hidrelétrica de Belo Monte vem gerando uma grande polêmica a cerca de 20 anos. Entre idas e vindas de Belo Monte que pretende ser construída na parte paraense da bacia do Rio Xingu é hoje considerada a maior obra do PAC, do governo federal. Esse empreendimento vem sendo alvo de debates na região desde 2009, quando o estudo de impactos ambientais foi divulgado. Já que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados. Vários especialistas se debruçaram sobre esse estudo e realmente viram a inviabilidade do empreendimento.


Ainda, a FUNAI liberou a obra sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios e lideranças indígenas kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual diziam que caso a obra fosse iniciada haveria guerra. Para culminar, em fevereiro de 2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais

Não apático a esse movimento vários ambientalistas e humanistas se comoveram com a causa das populações da bacia do Rio Xingu e surgiu o movimento XINGU VIVO PRA SEMPRE! (que vou deixar pro próximo post!)

Enfim! Escrevi isso tudo para puxar uma pergunta, será que vale a pena?

O Brasil deveria investir isso tudo nessa hidrelétrica? E as energias alternativas a qual o Brasil esbanja potencial? Esse dinheiro não poderia ser investido em subsídios para que, por exemplo, cada brasileiro conseguisse colocar um aquecedor solar?

O BRASIL PRECISA DE ENERGIA, É FATO! Mas não pode ser a qualquer custo! E nem precisa ser assim! E isso tudo não é inviável ou utópico, inviável e utópico é continuar no ritmo que está!

Tem gente que não gosta do Greenpeace née? Bem, eu gosto bastante! Primeiro pela visibilidade e pela coragem que eles têm! E segundo que o mundo precisa de pessoas radicais para frear esse sistema desenfreado. Além do que os recursos visuais que eles oferecem ajuda bastante nas ilustrações como vou fazer agora, segue aqui o vídeo feito em protesto dos ativistas contra Belo Monte de Merda!



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

The Story of Bottled Water

http://www.youtube.com/watch?v=KdVIsEUXIUM


The Story of Bottled Water - A História da Água Mineral - liberando 22 março, 2010 em storyofbottledwater.org , emprega a história do estilo Coisas para contar a história de manufaturados demanda como você levar os americanos a comprar mais de meio bilhão de garrafas de água a cada semana, quando ele já fluxos da torneira. Over five minutes, the film explores the bottled water industry's attacks on tap water and its use of seductive, environmental-themed advertising to cover up the mountains of plastic waste it produces. Durante cinco minutos, o filme explora os ataques à indústria da água engarrafada na água da torneira e seu uso da publicidade sedutora, com temas ambientais para acobertar as montanhas de lixo plástico que ela produz. The film concludes with a call to 'take back the tap,' not only by making a personal commitment to avoid bottled water, but by supporting investments in clean, available tap water for all. O filme termina com um convite para "tomar de volta o toque", não só através de um compromisso pessoal, para evitar a água engarrafada, mas através do apoio a investimentos em limpar a água da torneira, disponível para todos.



Vale a pena! 8 minutos mais ou menos! ;)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Por querer, tornei por demais explanado meu interesse pela famosa transição à sustentabilidade e, por isso, freqüentemente sou abordado por semi-conhecidos. Além da exclamação "Como vai a natureza" (Que só posso responder com um sorriso amarelo) a segunda frase mais comum que me atiram é: "Eu adoro estar em contato com a natureza!" e logo depois começam as opniões que tantas vezes me embrulham o estomago; Não são todos mas confesso que a maioria pejora o mato e ao entrar em contato com a área natural esteriliza a população local com a ideia de limpeza, Limpeza? analise você.

Ao lado nasce um lindo broto de bambu em meio ao MATO! (sim mato, que tem de errado nisso?) O que vai acontecer? deixarão ele crescer ja que as sementes foram desperçadas naturalmente e ali acharam condições agradáveis para se desenvolver? ou deceparão todo o trecho, e cimentarão, imperbealizando e tampando o nariz de gaia mais uma vez?